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Feirinha da Madrugada

Aposentados, Eduardo e Lu estão dando uma volta ao mundo desde 2014. 
No Espírito Santo, eles contaram as aventuras e perrengues que passaram.

Depois de dois anos e meio fazendo da estrada a sua morada em uma viagem de volta ao mundo, o casal Eduardo e Lu Prata voltou ao Espírito Santo. Na bagagem, histórias de cada pedacinho que conheceram do planeta. Mas a aventura ainda não terminou, e a estadia deles em solo capixaba é temporária. Depois de passarem por 83 países, eles garantem que nem pensam em parar. "Nossa casa é pequena, mas nosso quintal é o mundo", disse Eduardo.

Eduardo e Lu saíram de Vitória no dia 15 de janeiro de 2014, em um carro totalmente adaptado com cama, televisão, fogão, mini-geladeira e banheiro. Em 880 dias, passaram por 83 países, quatro continentes e rodaram cerca de 152 mil quilômetros.

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As histórias são muitas. Desde aventuras vividas em lugares paradisíacos, até perrengues e sufocos passados em locais cujos costumes não se parecem nem um pouco com os dos brasileiros.

“Nesses últimos países, como Cazaquistão, Rússia e agora a Mongólia, a gente tem passado uns perrengues sim. Os banheiros, mesmo os dos melhores postos de combustíveis, não têm vaso, é um buraco com uma fossa, é complicado, é muito anti-higiênico”, contou Lu, aos risos.

Além disso, o tempero das refeições também foi um problema em alguns países. “Às vezes a gente chega em um país e tem pimenta pra caramba na comida, tem países que usam muito condimentos, agridoce”, disse Eduardo. “Na Mongólia, no Cazaquistão, eles têm hábito de comer carne de cavalo, então a gente sempre pergunta que carne é aquela”, completou Lu.

O plano inicial era conhecer 90 países em três anos, mas o casal decidiu aumentar não só o prazo, como também a meta. Agora, o objetivo é chegar a 120 países até junho de 2017. A viagem só foi interrompida porque o pai de Eduardo se acidentou e eles decidiram visitá-lo.

“Papai escorregou no banheiro, quebrou três costelas, perfurou o pulmão, foi parar na UTI. Minha mãe ligou, falou que ele estava mal e nós falamos ‘vamos pra lá, vamos visitar o meu pai’. Então nós deixamos o carro na Mongólia e aí pegamos um avião. Graças a Deus ele já está bem”, disse o aposentado.

De volta à estrada no dia 11
Saindo de Vitória, eles voltam para o ponto onde pararam. “Embarcamos dia 11 para a Mongólia. Chegamos lá no dia 13. Da Mongólia, vamos atravessar a China todinha, passar 30 dias viajando pela China. Depois, a gente vai pro VietnãCamboja, Tailândia, Malásia. O último país vai ser a Índia, depois a gente vai pra África, que é a ultima etapa da nossa volta ao mundo”, disse Eduardo.

Nossa casa é pequena, mas nosso quintal é o mundo"

Eduardo Prata, aposentado

E mesmo depois de passar por tantos lugares, a última coisa que o casal quer é a rotina de volta. Parar de viajar, por enquanto, parece estar fora dos planos desses aventureiros.

“A gente está gostando muito. A gente morava em uma chácara grande e agora a gente mora num lugar que é 2,10m por 4m, e estamos adaptados perfeitamente. A nossa casa é pequena, mas nosso quintal é o mundo. A gente gostou dessa vida. Eu achava que não ia gostar, mas foi só botar o pé na estrada e a vontade nossa é não parar mais”, concluiu Eduardo.

‘Somos do tamanho dos nossos sonhos’
Realizado com a experiência vivida até agora, o casal não hesita em incentivar que mais pessoas também coloquem o pé na estrada. Segundo eles, parece haver uma magia que faz até os problemas desaparecerem quando se trata da realização de um sonho.

“Quando você está realizando seus sonhos, há uma conspiração astral, porque tudo dá certo. Isso cria uma áurea, parece que nos protege, nada dá problema. Quando acaba o diesel, na outra esquina tem um posto. Furou o pneu, para um caminhão pra ajudar. Nós somos do tamanho dos nossos sonhos, a gente sonhou em dar a volta ao mundo e estamos dando”, disse Eduardo.

Gastos
Para bancar esse sonho, o casal diz que não precisou abdicar de muitas coisas. Eduardo era superintendente geral do Porto de Vitória e Lu trabalhava como servidora pública. O aposentado garantiu que a aposentaria dos dois é suficiente para todos os gastos mensais.

"Não precisamos vender nada que tínhamos. Só alugamos o imóvel em que morávamos para não ficar vazio. A nossa despesa mensal é de mais ou menos 3 mil dólares. Eu digo que quem consegue passar um mês no Brasil, consegue passar um mês em qualquer lugar do mundo. As coisas aqui [no Brasil] estão muito caras", disse.

Fonte globo.com

Fotos: Arquivo pessoal/Lu Prata

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